sexta-feira, 24 de novembro de 2017


Na onda da Black Friday
Black Friday é uma expressão em inglês, que significa Sexta Feira Negra. É a sexta feira depois do dia de Ação de Graças. Este termo teve origem nos Estados Unidos, e é um dia especial porque as lojas fazem grandes descontos, e por isso muitas pessoas compram presentes para o Natal. Ocorre na última Sexta Feira do mês de Novembro. Black Friday pode também se referir a qualquer sexta-feira em que ocorra uma calamidade pública. Nesse caso, a explicação se deve ao fato de a cor negra ter sido historicamente associada a conceitos negativos, como em “mercado negro” e “ovelha negra", entre outras expressões. Os varejistas americanos logo perceberam que essa seria uma excelente oportunidade para criarem um dia de liquidações especiais atraindo mais consumidores.
Reeditando o modelo americano, as empresas brasileiras entraram na onda das super ofertas. Neste mês de novembro não há loja que não tenha promoções especiais. Peguei carona e fui procurar a Black Friday que me importava: um bom colchão a preço justo. Um colchão cuja relação entre o investimento, valor gasto, e o que se recebe como lucro me desse um bom resultado de satisfação.
Romaria pelas lojas, conversas com vendedores, todos muito simpáticos, mostrando as qualidades do produto. Uns de espuma, outros de molas simples ou ensacadas, uns de tecido frio, que transpira, antialérgico e o escambau.  Ao fim de umas duas horas eu já havia me deitado em vários colchões, obtido inúmeros orçamentos, todos com super descontos da sexta-feira negra. Estava cansada, indecisa e irritada.
Voltando pra casa, lembrei-me do colchão de pano de algodão e palhas de milho secas onde dormi toda minha infância e parte da adolescência. Não havia outras opções, ofertas, promoções. O sono era profundo, tranquilo, reparador. As sextas-feiras eram apenas o último dia da semana e novembro o prelúdio do mês natalino. E a vida tinha mais graça!


sexta-feira, 17 de novembro de 2017

DISTÂNCIAS

Comecei a correr num sábado qualquer, por influência da Vivi, que eu vira uma única vez e me fez o convite, e também por questões de saúde. Depois os treinos foram se tornando rotina e a Vivi tornou-se amiga íntima. Nunca fui apaixonada por esportes e no início foi difícil, muitas vezes foi preciso me ungir de uma vontade majestosa para chegar à pista, mas depois dos esforços vinha a compensação, o barato da corrida, o bem estar.
Já faz quatro meses que corro e na primeira competição colhi bons resultados e isso me deu uma baita emoção; um estímulo ímpar. Hoje percorro três ou quatro quilômetros suando com prazer. A brisa no rosto, o sol pegando na pele, passadas largas no asfalto, as endorfinas navegando pelo sangue – corrida é pura química!
Nesta manhã eu corria e pensava como é interessante na nossa vida vencer distâncias. Basta ter um propósito, um querer bastante para ir adiante! E às vezes podemos começar sem grandes razões, simplesmente pela necessidade de se mover. No filme Forrest Gump, tem uma passagem que ele corre e justifica: “... Corri até sair do Alabama. Sem nenhum motivo, e segui em frente. Corri até chegar no oceano. E quando cheguei lá, já que tinha ido tão longe resolvi voltar e continuar. E ao chegar no outro oceano, já que tinha ido tão longe resolvi dar meia volta e continuar correndo. Quando eu ficava cansado, dormia. Quando tinha fome, comia e quando precisava ir… Bom, sabe… eu ia.”
Assim eu ando, parando quando necessário, retomando o percurso quando é preciso continuar, tanto nos treinos como em outros aspectos da vida. E percorrendo distâncias, vou vencendo barreiras, desprezando lembranças, amortecendo saudades!

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

VONTADE

Hoje levantei com esta palavra na minha mente. Isto ocorre comigo seguido, passar o dia com uma palavra me assombrando. E quando ela resiste em me deixar, recorro à escrita para expulsá-la de mim, como um ato de desobsessão.
Vontade é um substantivo feminino que significa a faculdade que tem o ser humano de querer, de escolher, de livremente praticar ou deixar de praticar alguma coisa. Também pode ser a força interior que impulsiona o indivíduo a realizar algo, a atingir seus fins ou desejos. Originada do Latim voluntas , é o desejo, o ânimo, o querer.
Todos os dias acordamos, indiscutivelmente, com alguma vontade, positiva ou negativa. Pode ser vontade de tomar café, de correr no parque, caminhar, trabalhar, iniciar um novo projeto, viajar, falar com um amigo... Ou simplesmente vontade de nem levantar! Tudo são vontades e estas reportam a uma escolha, uma ação. E conforme se configuram nossas ações, vamos colhendo resultados. Portanto nenhuma atitude resultará sem a devida volição do sujeito.
Enquanto divago sobre esta palavra, você que me lê deve estar pensando em algo que esteja com vontade de fazer. E é bom mesmo pensar nisso, porque o tempo é fugaz e as possibilidades neste mundo contemporâneo são vastas, sem contar nossa tendência congênita à comodidade. Mas o tempo de cada um corre de forma muito particular e desta mesma forma caminha nossos quereres.

Fundamental é não perder o ânimo, buscar, realizar, evoluir. E ter consciência do livre-arbítrio. O resto é mar, é tudo que eu não sei contar.