ESTAÇÕES
Tenho
estado com esta palavra no meu pensamento, especialmente quando saio para
caminhar na pista da praça aqui perto de casa, cheia de árvores, com pássaros e
cigarras cantantes, típicos do verão.
As
estações do ano são quatro: primavera, verão, outono, inverno, determinadas
pelos equinócios e solstícios. É o tempo apropriado para certos plantios, são
períodos assinalados por maior ou menor afluência de pessoas a determinados
locais de interesse público ou cultural. Agora que é verão, por exemplo, os
locais mais frequentados são as praias. E sempre é revigorante passar uns
tempos próximos do mar, ou mesmo banhar-se nas águas doces dos rios e lagoas. O
calor sufocante que tem feito pede este refresco para o corpo e a alma.
Mas
minha estação predileta é outono. Para mim ele vai levando embora a euforia e o
rescaldo do verão, e aos poucos vai trazendo um frescor gostoso e aconchegante,
uma temperatura que nos permite pensar e movimentar melhor. A vida se renova e
o sono melhora, enquanto a agenda começa pra valer.
Depois
das folhas caídas do outono, o inverno vai tomando espaço trazendo consigo
noites geladas, que pedem filme com chocolate quente e cobertor, botas, mantas
e goros. Embora a vida nessa estação se retraia, ela tem seu charme especial, e
os locais mais frequentados são as serras e outros onde a neve e a geada
espalham sua beleza peculiar.
A
primavera é a soberana da esperança, a rainha da beleza e das flores. O seu nome vem do latim primo
vere, que significa “primeiro verão”.
Assim nossa vida também é feita de estações, metamorfoses,
contrastes. Reconhecer a singularidade de cada etapa e vivê-la conforme o clima
dita, é uma arte. E cada verão vencido,
com sua luz que amplia a nossa visão, aquecendo nossos projetos para o
outono, iluminando nossos passos e nos tornando fortes para o próximo
inverno, é a prova da vida que prevalece
até a vitória final.