A CAIXA DE LEMBRANÇAS
Talvez
você não tenha, mas eu e muitos outros temos uma caixa, meio amarelada,
amassada, guardada bem escondidinha num armário ou baú, cheia de recordações:
cartas de amor, bilhetinhos, cartões postais, de aniversário, fotos, e até
telegramas!
Hoje
fui procurar uma foto antiga e dei de cara com a minha caixa. Encontrei alguns
‘tesouros’. Mas o que mais mexeu comigo foi um pequeno cartãozinho de
felicitações, onde o autor dizia assim: ’
você estará sempre no meu coração, não dá para te esquecer’. E daí, como num
filme, passou na minha mente a história que vivi com aquela pessoa. Dos breves,
mas intensos momentos que passamos juntos, da alegria que me irrigava a alma
quando ele chegava para perto de mim. Um dia ele me trouxe um bichinho de
pelúcia: o gato Garfield! Ele sempre sabia do que eu gostava. Ah, meu velho e
doce amor!
Assim,
fui remexendo aquela caixa de memórias. Encontrei dez cartas escritas à mão, do
homem com quem me casei. Mas não ousei ler!
Um
telegrama me chamou atenção. Sim, eu tenho guardado telegramas, uma das maiores
revoluções tecnológicas do fim do século XIX e início do século XX, hoje é
documento que poucos lembram. Esse
telegrama de felicitações diz: ‘princesa,
que neste dia a felicidade tome conta de você’. E devo ter ficado bem feliz mesmo com aquela
mensagem de um pretendente querido.
Além de bilhetes, cartões, telegramas, cartas, o melhor,
foi ver as fotos da juventude, momentos sozinha, com família, com amores... Ah, a juventude, onde as horas são mais longas
e nem damos tanta importância ao tempo. Lembrei-me então, do final de um poema
de Mário Quintana: “Se me fosse dado um
dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio. Seguiria sempre em frente e
iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas.”
E naquela caixa ali na minha frente, com o conteúdo
esparramado no chão percebi que nela está a memória de boa parte da casca
dourada e inútil das minhas horas.
Nossa Mana lembrei da minha caixinha, não sei se terei coragem de abri-la. Ameeeiíii bjus
ResponderExcluirKkkk, é meio assustador mesmo, mas vc tem coragem, vai em frente e "enfrente" tua caixa,hehe.
ExcluirAdorei! Tava com saudade de ti e dos teus textos! Bjs
ResponderExcluirObrigada Magali, saudades de ti e dos teus também, compartilha no face.bjs
ExcluirOi Magali, saudades suas também. Obrigada pelo leitura e pelo carinho!
ExcluirQue lindo texto! Doce e suave, mas também intenso; como devem ser as boas lembranças. Parabéns!
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirObrigada querido, você ajudou a compor!
ExcluirLindo texto! Eu já me desfiz de várias “coisinhas” da caixa de lembranças. O que resta vou queimar, colocar as cinzas numa caixinha e ir bem linda e plena pra Paris e jogar no rio Sena enquanto bebo um champanhe pra dar as boas vindas ao que virá de melhor. Cheers!
ResponderExcluirIdeia bem original e glamorosa, kkkk
ExcluirMuito linda a tua história,a sintonia do destino,justamente agora fiz o mesmo,foto da mia família, mia juventude colérica e militância política que comennzei cedo,de repente me deparo um abecedário para aprender Latim e muitas fotos,de uma pessoa que levo no lado esquerdo do meu Core,na qual vive momentos viceral,forte e bonito,nunca revelarei quem essa pequena grande mulher....no gostei muito desse gato de pelúcia,você salvo este domingo muito feio.... Felicidades
ResponderExcluirOi querido, obrigada pela leitura, visita ao blog e comentário. Também te levo sempre no lado esquerdo do peito!!!
ExcluirBelo texto Dena. Adorei. Todos nós temos a nossa caixinha. Vc com certeza está na minha. Terno abraço.
ResponderExcluirOi querido, obrigada pela visita ao blog, pela leitura, pelo comentário, pelo carinho. Você, sempre, na caixinha da minha eterna memória!!
ExcluirPerfeito Dena. Remexi minha caixa, mentalmente, ao ler a tua. lindo. Abraços
ResponderExcluirDenadorada, tu sempre com palavras perfeitas.Não trenho caixinha de recordações, mas tenho uma caixa de música q toda vez q eu abro ela toca La vie en rose. Me emociono muito pq ganhei de uma pessoa especial q habita minha memória e 'mio cuore'. e tu Dena, consegue tranbordar amor nesta crônica cheia de delicadezas e sensibilidade. Cdônica para ser lida como quem olha nos olhos e diz tudo e algo mais ao mesmo tempo.
ResponderExcluirObrigada Zairamada, pela leitura e carinho de sempre1
Excluir